Você conhece ou já ouviu falar da esporotricose? A micose que provoca lesões na pele é causada pelo fungo do gênero Sporothrix, que é encontrado naturalmente na terra, matéria orgânica e espinhos de plantas contaminadas. É uma infecção que vem chamando a atenção de especialistas e autoridades de saúde no Brasil, além de partes da América do Sul.
A doença pode afetar cães e, em especial, gatos. Só os felinos podem infectar humanos, por meio de arranhões, mordidas ou gotículas de espirro - por isso é considerada uma zoonose. Uma pessoa não transmite para outra e vale ressaltar que os gatos não são culpados pela esporotricose!
Na Bahia, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) emitiu um alerta, no último mês, listando os municípios com notificações dos casos da doença e indicando medidas preventivas para a população adotar. Os municípios mais afetados incluem Candeias, Lauro de Freitas, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde e Simões Filho.
De janeiro deste ano até 23 de setembro, foram registrados 492 casos em humanos e 770 casos em felinos em todo o estado. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia (Divep), através da Coordenação de Doenças de Transmissão Vetorial (CODTV)
Prevenção
O ministério da saúde recomenda que as pessoas evitem a exposição direta ao fungo, usando luvas e roupas de mangas em atividades que envolvam manuseio de material proveniente do solo e plantas, assim como o uso adequado de sapatos.
Tratamento
A esporotricose tem cura através de medicamentos fúngicos. No entanto, os cuidados devem ser tomados após uma avaliação clínica. Caso o animal apresente a ferida e o tutor também, aí os dois devem procurar os médicos específicos. A população deve ainda informar os casos suspeitos para a prefeitura.